Cadernos IS-UP https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1 <p>Os <em>Cadernos IS-UP</em> publicam textos originais sobre temáticas específicas e com um carácter de transferência de conhecimento, visando concretizar o valor da ciência e maximizar o seu impacto. Funcionando como uma ponte entre a universidade e a sociedade, a ciência e a prática ou, ainda, entre a investigação e a intervenção social, os <em>Cadernos IS-UP</em> são elaborados a partir de um enfoque sociológico e/ou de outras ciências sociais e humanas.</p> pt-PT cadernosisup@gmail.com (Lígia Ferro) cadernosisup@gmail.com (Maria João Oliveira) Mon, 30 Sep 2024 20:36:06 +0000 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Cadernos IS-UP N.º5 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14483 <p>.</p> Cadernos IS-UP Direitos de Autor (c) 2024 Cadernos IS-UP https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14483 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 Editorial IS-UP 5 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14482 <p>.</p> Lígia Ferro, Maria João Oliveira, Sílvia Correia Direitos de Autor (c) 2024 Lígia Ferro, Maria João Oliveira, Sílvia Correia https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14482 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 TRAJETÓRIAS DE TRABALHO INFANTIL DE MENINAS E ADOLESCENTES NA REGIÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE POSADAS (ARGENTINA) – ENCARNACIÓN (PARAGUAI) https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14475 <div class="page" title="Page 1"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>O principal objetivo do artigo é analisar a relação entre género e trajetórias laborais infantis, con- siderando como caso de estudo a situação das meninas e adolescentes trabalhadoras na região transfronteiriça que une as cidades de Posadas (Argentina) e Encarnación (Paraguai). Para isso, a caracterização destaca as atividades desenvolvidas pelas mulheres, ressaltando a importância do género na construção de desigualdades sociais desde a infância. Em relação à metodologia, o trabalho incorpora fontes primárias, incluindo entre- vistas com mulheres e funcionárias municipais e provinciais com responsabilidade política sobre o tema; observações e notas de trabalho de campo; informações estruturadas de estatísticas governamentais de acesso aberto e artigos de repositórios científicos. Como conclusão, sugere-se que são as meninas e adolescentes que predominantemente realizam as tarefas domésticas. Além disso, apesar de também desempenharem atividades laborais fora de casa – em estabelecimentos comerciais com familiares ou na venda ambulante de alimentos –, são os meninos da mesma idade que executam trabalhos solitários que exigem habilidades de força, destreza física e transações monetárias.</p> </div> </div> </div> María Gabriela Miño, Carla Antonella Cossi, Raimundo Elias Gómez, Alina Jiménez García Direitos de Autor (c) 2024 María Gabriela Miño, Carla Antonella Cossi, Raimundo Elias Gómez, Alina Jiménez García https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14475 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 PROFISSIONAIS DE CONFIANÇA OU FUNCIONÁRIOS DISPENSÁVEIS? https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14476 <p>Neste estudo qualitativo, examino as fontes de tensão entre os professores da Richmond Academy of Science (a Academia) – uma das mais exclusivas escolas internacionais de inglês em Bangalore, uma cidade no sudoeste da Índia. Abordo a seguinte questão: Como é que a posição da Academia, como uma das principais escolas internacionais, influencia as interações dos professores com os aluno, os pais e os administradores? A análise das entrevistas com 24 professores da Academia indica que os aspectos estruturais da escola, como a sua dependência do recrutamento de alunos de famílias com mais recursos económicos, influenciam a forma como os alunos, os pais e os administradores interagem com os professores. Nalguns casos, os professores são tratados como profissionais de confiança cujas opiniões são valorizadas, enquanto noutros casos, são tratados como funcionários dispensáveis cujo trabalho envolve cumprir os objectivos estabelecidos por outros – nomeadamente os pais e os administradores seniores. As tentativas dos professores para satisfazer estas expectativas contraditórias levam a uma tensão de papéis, que eles exprimem sob a forma de resignação e frustração. Questionar como os professores de uma escola de elite vivenciam o seu trabalho fornece uma visão importante de como as caraterísticas estruturais das escolas e o comportamento dos principais intervenientes moldam as experiências profissionais dos professores.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Adrienne Atterberry Direitos de Autor (c) 2024 Adrienne Lee Atterberry https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14476 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 COMPREENDER AS DESIGUALDADES SOCIAIS E OS TERRITÓRIOS PELAS HISTÓRIAS DE VIDA: https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14477 <p>&nbsp;</p> <p><span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span>O Núcleo IS-UP do Museu da Pessoa foi criado com o intuito de construir um arquivo digital de dados qualitativos, embora também promova exposições e debates nos contextos de pesquisa. Sob a forma de depoimentos orais, são recolhidas e divulgadas histórias de vida de uma diversidade de atores sociais, espalhados pelo território nacional e que enfrentam desigualdades ou vulnerabilidades diversas. Com o interesse de aprofundar os processos de estruturação das desigualdades sociais e das suas inscrições individuais, este projeto democratiza o acesso à memória e confere visibilidade a grupos socialmente vulneráveis.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> <p>Partindo das experiências resultantes das três principais iniciativas desenvolvidas no âmbito do Núcleo IS-UP do Museu da Pessoa, desenvolve-se uma reflexão sobre os contributos dados por estas iniciativas que, sendo enquadradas por um referencial teórico-metodológico relativo ao uso das histórias de vida na investigação sociológica e estando inscritas em três diferentes contextos socioterritoriais da região norte de Portugal, se debruçam sobre diferentes problemáticas sociais e permitem reflexões e análises sobre diversas formas de desigualdade social. Defender-se-á que este modelo permite, em simultâneo, conhecer, participar e comunicar, unindo investigação fundamental com transferência e coprodução de conhecimento.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Catarina Figueiredo, Leonor Medon, João Teixeira Lopes Direitos de Autor (c) 2024 Catarina Figueiredo, Leonor Medon, João Teixeira Lopes https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14477 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 “VOLTA PARA A TUA TERRA”? https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14478 <p><span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> <p><span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span>No atual contexto, o fenómeno da discriminação racial na Europa é prevalente nos meios de comunicação, na política e na educação, tanto na comunidade internacional como nas sociedades da UE, que estão a ver mais do Sul global dentro do Norte global. A discriminação racista não se limita à UE e baseia-se em indicadores de género, racializados, étnico/religiosos e outros socioculturais que reproduzem a diferença. Os mecanismos estruturais de preconceito devem ser considerados e tratados como uma questão social urgente nas comunidades da UE. Esta visão temática discute algumas das perspetivas sobre o racismo e outras formas de segregação na UE, e analisa registos de discriminação no contexto português para destacar a urgência sociopolítica e legal em reconhecer e combater o preconceito racista nas suas formas explícitas e implícitas. O artigo percorre a literatura sobre racismo na UE, a experiência do “estrangeiro de dentro” e registos da UE em Portugal para refletir criticamente até que ponto a UE contém o Sul global nos seus resquícios coloniais, bem como contribuir para a investigação sobre discriminação racial nas sociedades da UE em direção a compromissos antirracistas em toda a Europa.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Yasmine Loza Direitos de Autor (c) 2024 Yasmine Loza https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14478 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 PRESTÍGIO SOCIAL DAS LÍNGUAS DA GUINÉ-BISSAU AVALIADO PELOS SEUS FALANTES https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14479 <p>&nbsp;</p> <p><span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span>A Guiné-Bissau é conhecida como um “pântano de línguas” (Intumbo, 2007), sendo composta por mais de duas dezenas de línguas, nomeadamente as línguas étnicas africanas, o kriol (guineense) e o português. Esta situação deve-se sobretudo ao processo histórico de colonização que forjou o ajuntamento de diversos povos levando para o atual território da Guiné-Bissau as suas línguas e culturas, como aconteceu um pouco por toda a África Ocidental. Neste artigo, procuramos compreender o prestígio que os falantes guineenses atribuem a cada uma das suas línguas, tendo em conta as condições de multilinguismo que caracterizam este país africano. Para isso, colocamos a três grupos de falantes – estudantes do ensino secundário, universitário e adultos – a pergunta: “Sente que é mais valorizado/a falando português ou kriol? Porquê?”. Os resultados mostram que, dentre as línguas faladas no país, o português é a língua mais prestigiada para os falantes mais jovens, mas não para os do último grupo. Este fenómeno é sintomático da continuidade da influência do português, a única língua de ensino e de administração,<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Ronaldo Mendes, Carlos Silva Direitos de Autor (c) 2024 Ronaldo Mendes, Carlos Silva https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14479 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 A DOR NA DANÇA: https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14480 <p>Consciente de que à prática da Dança (em contextos de formação ou profissionais) se encontram associados episódios de dor ou de sofrimento, é proposto neste artigo, perceber os contextos da dor na Dança, onde o corpo se revela como base e instrumento fundamental do discurso artístico, identificar as tipologias de dor mais comuns nos seus praticantes e, finalmente, apontar algumas estratégias que se consideram boas práticas para minorar essas dores.<span class="Apple-converted-space">&nbsp;</span></p> Vanda Nascimento Direitos de Autor (c) 2024 Vanda Nascimento https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14480 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000 TRAÇANDO O CURSO DO BANCO SOCIAL: https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14481 <p>Este artigo explora o cenário em evolução da sustentabilidade no setor bancário, especialmente investigando a crescente relevância e formas de institucionalização do banco social. Para isso, introduz inicialmente um quadro dinâmico multi-teórico, incorporando teorias de legitimidade, stakeholders e institucionais, para analisar o aumento do compromisso social das instituições financeiras. Em segundo lugar, são discutidas duas abordagens contrastantes para compreender suas diferentes formas de institucionalização e sua evolução – a abordagem social corporativa adotada geralmente pelos bancos convencionais e a abordagem de perspectivas de tensão dos bancos sociais. O primeiro frequentemente se envolve em ajustes de determinadas práticas bancárias para atender às expectativas sociais, enquanto o último abraça as tensões inerentes à sustentabilidade. Para concluir, este artigo defende a consideração das dimensões de banco social considerando suas dimensões, em vez de definições exclusivas, como uma potencialidade desbloqueada para superar o debate em torno da definição de banco social. O enquadramento proposto e a dimensionalidade delineada visam contribuir para avançar na compreensão da evolução do papel dos bancos na sociedade, especialmente no contexto da sustentabilidade.</p> <p>&nbsp;</p> Yolanda Cotelo Direitos de Autor (c) 2024 Yolanda Cotelo https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://ojs.letras.up.pt/index.php/Cadernos-ISUP_1/article/view/14481 Mon, 30 Sep 2024 00:00:00 +0000