Da Rejeição Total à Atração Fatal: O Estranho Caso do Retrato Judiciário (‘Mugshot’) nos Setores da Ciência, da Filosofia e da Arte.
Resumo
As formas como a ciência, a filosofia e a arte lidam há quase duzentos anos com o retrato judiciário com fins de identificação criminal (ou ‘mugshot’, designação de origem americana hoje vulgarmente adotada a nível global) são muitas vezes paradoxais e/ou profundamente emocionais e extremadas, variando da rejeição total ou absoluto esquecimento até
ao fascínio e atração quase fatais.
Este artigo começará por identificar e brevemente analisar retrospetivamente as principais abordagens da ciência (especialmente a antropologia, a criminologia e a medicina) ao retrato judiciário desde o seu advento na segunda metade do século XIX, focando em simultâneo a evolução dos contextos históricos, políticos e sociais dessa abordagem até à contemporaneidade. Essa evolução contextualizada é também utilizada no texto como ponto de partida para sumariamente analisar o (papel do) retrato judiciário no segundo setor abordado, ou seja, em termos filosóficos e como instrumento
biopolítico de poder, no período em questão Por último, o presente artigo enfatizará o modo como o tema do retrato judiciário
acabou por fascinar grandes artistas plásticos do século XX e XXI, reforçando-se a sua divulgação e popularidade planetárias
através da explosão mediática dos séc.
XX-XXI, nomeadamente da TV e das redes sociais.
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