Man is not truly one, but truly two
O Mito do Doppelgänger em Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde de Robert Louis Stevenson
Abstract
O presente artigo analisa a obra Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde (1886) de Robert Louis Stevenson tomando em consideração o mito do doppelgänger, sendo, primeiramente, apresentadas diversas conceções mitológicas do mesmo, para posteriormente se problematizar o tema da dualidade no contexto da obra e da sociedade vitoriana de um modo mais geral. Serão analisadas instâncias de dualidade na sociedade e como esta se manifesta, nomeadamente através da idealização veiculada pela figura do gentleman e da ansiedade, mastambém entusiasmo, relativamente aos avanços científicos e tecnológicos que ocorriam então. Em relação à obra de Stevenson em particular, será explorada a dupla personalidade de Jekyll através da criação de Hyde, focando três elementos que evocam precisamente uma dualidade: a aparência de Hyde, a descrição da residência deste último e de Jekyll, e o espelho e sua simbologia. A dualidade de Londres será também abordada, nomeadamente através das dicotomias East End/West End e noite/dia.
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