Guarecer. Revista Eletrónica de Estudos Medievais
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<p>Acolhendo investigação realizada sobre a <strong><em>escrita medieval</em></strong> em função de <strong>metodologias comparatistas </strong>amplas, capazes de ultrapassar barreiras linguísticas, de género ou qualquer outra restrição formal, e também de uma <strong>abordagem filológica </strong>e de <strong>crítica textual</strong>, <em>Guarecer. Revista Electrónica de Estudos Medievais</em>, propõe-se divulgar ensaios e contributos de investigação recentes que se situem dentro das linhas assim definidas. </p>pt-PTGuarecer. Revista Eletrónica de Estudos Medievais2183-9301Saint Augustin et le système de parenté médiéval
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<p>As características do sistema de parentesco específico do Ocidente medieval não podem ser entendidas sem ter em conta um conjunto de concepções do homem, da sociedade e do mundo que foram enunciadas, em primeiro lugar, por Santo Agostinho. Examinam-se aqui algumas aspectos desse pensamento para mostrar como elementos ideais definem e permitem identificar as características fundamentais do funcionamento das relações de parentesco no conjunto da sociedade, em especial na aristocracia.</p>Anita Guerreau-Jalabert
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2022-09-062022-09-065A Casa do Conde Dom Pedro
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<p>No século XIV, a alta nobreza e os membros da linhagem régia mantinham ainda capacidade de exercício do poder político nas honras ou territórios coutados que detinham e lhes eram reconhecidos. Ao mesmo tempo, em Portugal, colava-se-lhes, na<br>representação da sociedade da altura, a ligação à actividade militar, onde era suposto terem um papel eminente. Daí a organização das respectivas casas à imagem da régia, tendo a documentação do período deixado diferentes marcas desse epigonismo nobiliárquico. Neste ensaio procuramos acercar-nos daquelas que dizem respeito à casa de D. Pedro, conde de Barcelos, alferes-mor de D. Dinis e de D. Afonso IV, e figura cimeira de um primeiro momento da cultura portuguesa, que ele tenta igualmente preservar no período da sua vida em que se afasta da corte, isto é, durante o governo de D. Afonso IV</p>António Resende de Oliveira
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2022-09-062022-09-065Santo Agostinho, Pedro de Barcelos, e a unidade dos fidalgos
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<p>Este artigo propõe algumas hipóteses interpretativas acerca do prólogo do Livro de Linhagens do conde D. Pedro. Um enfoque particular é concedido à comparação de algumas ideias contidas no prólogo com escritos patrísticos, designadamente com uma<br>obra fundamental (A Cidade de Deus) de um autor fundador do sistema de conceções e representações medieval como foi Santo Agostinho. Procura-se, em primeiro lugar, estabelecer um modo de leitura dos textos patrísticos e da sua relação com a sociedade; para isso, é fundamental considerar o conceito global de ecclesia. Com base nesses preceitos, estabelecem-se alguns pontos centrais da obra de Santo Agostinho, inquirindo em seguida a sua influência no discurso de Pedro de Barcelos. Em seguida, procede-se a um exercício comparativo entre os principais pontos do discurso do conde e outras práticas sociais essenciais para a coesão e reprodução do grupo aristocrático.<br>Em suma, pretende-se enfatizar a necessidade de considerar o fundo cristão da civilização medieval para a compreensão dos vestígios por esta deixados, assim como a imprescindível dialética entre discursos e práticas sociais para a análise da realidade<br>histórica.</p>Miguel Aguiar
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2022-09-062022-09-065Fernão Peres de Trava e os seus Cavaleiros
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<p>Tal como vários membros do seu grupo familiar (Trava-Trastâmara-Palmeira-Tougues-Pereira), a personagem de Fernão Peres de Trava recebeu um tratamento laudatório em várias passagens dos nobiliários portugueses do século XIV (Livro do Deão e Livro de Linhagens do Conde D. Pedro) – muito por força da intervenção dos Pereira na escrita do Conde D. Pedro de Barcelos.<br>Com efeito, tanto em LD19A2 como em LL13B2, Fernão Peres é descrito como um cavaleiro exemplar e padrinho de investidura do conde D. Mendo, o Sousão, de Fernão Rodrigues de Castro e de D. Pedro Arazo de Aragão. Devido a uma falha na edição de<br>Herculano do Livro do Deão, onde se exclui a figura de D. Mendo desta passagem, nenhum filólogo ou historiador tirou as devidas interpretações sobre a natureza (real ou<br>ficcional) e importância discursiva destas passagens, dentro do contexto da escrita<br>genealógica medieval, ou relacionou-as com os primórdios da investidura cavaleiresca<br>no Ocidente Peninsular (durante os inícios do século XII).<br>Neste artigo, tentaremos analisar a falha na transmissão textual provocada por<br>Herculano, inscrever estas lições na retórica discursiva em torno dos primórdios da<br>investidura cavaleiresca e definir as aportações que podem trazer à verdadeira<br>expansão deste fenómeno.</p>João Paulo Martins Ferreira
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2022-09-062022-09-065A família e o parentesco na historiografia sobre a nobreza medieval portuguesa – Um olhar
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<p>Assumindo o carácter incontornável da figura e da obra de José Mattoso, que constituiu a via aberta para um fundamental investimento na investigação sobre a Idade Média portuguesa – e tendo como marco de referência a edição do conjunto dos livros de linhagens medievais portugueses que ocorre no início da década de 1980 –, é traçado um quadro global da evolução desses estudos nos meios universitários portugueses e ibéricos nos últimos decénios. Em foco está não apenas a História social, nas suas várias vertentes, entre as quais as estratégias matrimoniais, as estruturas de parentesco, o património e as relações políticas adquirem um relevo particular, mas também os vários domínios que têm contribuído para o aprofundamento dos saberes sobre este período histórico, como as relações eclesiásticas e institucionais, os movimentos transfonteiriços, a arqueologia, a heráldica, a literatura ou o quotidiano íntimo e familiar</p>José Augusto de Sottomayor-Pizarro
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2022-09-062022-09-065O Livro de Galaaz e a ideologia da linhagem
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<p>O ciclo arturiano em prosa, redigido em França no início do século XIII, depressa se divulgou por toda a Europa, nomeadamente em Portugal. Embora constitua o ponto culminante de uma escrita romanesca envolvendo o rei Artur e os seus cavaleiros, é<br>também o lugar em que, ultrapassando o modelo cavaleiresco, se formaliza e detalha um modo específico de encarar o mundo da nobreza, que é a linhagem. Memória da perduração no tempo e consanguinidade constituem a base de um processo de aliança entre indivíduos que confere legitimidade à disputa pela supremacia social numa altura em que, por toda a Europa, a monarquia prepara os instrumentos para a sua histórica afirmação.</p>José Carlos Ribeiro Miranda
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2022-09-062022-09-065A ideologia do parentesco no Prólogo do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro
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<p>No Prólogo do seu Livro de Linhagens, Pedro de Barcelos, emulando e subvertendo os textos jurídicos de seu bisavô Afonso X (em particular a Partida IV), estabelece um ethos da nobreza peninsular, baseado na simbiose entre natura (ou ordem divina),<br>linhagem e parentesco de sangue, que entende como indutor de uma amizade/solidariedade socialmente pacificadora. Esta amizade, ontologicamente ligada a Deus e à Criação, preexistiria às relações de dominação institucionais, e cumpriria com<br>vantagem o papel regulador por elas desempenhado. Os antigos costumes identitários da nobreza decorrentes desta amizade funcionam, no discurso de Dom Pedro, como uma espécie de habitus embrionário cuja preservação está ligada à sobrevivência<br>histórica da nobreza como grupo social dotado de um capital simbólico próprio e legitimador.</p>Maria do Rosário Ferreira
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2022-09-062022-09-065Nota introdutória
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<p>.</p>José Carlos Ribeiro Miranda
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2022-09-062022-09-065Dossier Parentesco, Aristocracia e Reprodução Social na Idade Média
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<p>.</p>Maria do Rosário FerreiraMiguel Aguiar
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2022-09-062022-09-065Guarecer. Revista Electrónica de Estudos Medievais, N.º 5, 2020
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2022-05-312022-05-315