Chamada de artigos 2022 2.º Semestre

HISTÓRIA – REVISTA DA FLUP - NÚMERO 12 – 2º SEMESTRE, IV SÉRIE, 2022

Dossiê temático: “Bicentenário da Independência do Brasil”

Data limite de submissão de propostas: 30 de outubro de 2022

Coordenação do dossiê temático: Conceição Meireles Pereira

A revista admite ainda artigos para as secções Outros Estudos e Recensões críticas.

A revista aceita a publicação nas seguintes línguas: Português, Espanhol, Francês, Italiano e Inglês.

Se a historiografia sobre o Brasil é extensa, inserindo-se num fluxo constante alimentado por estudos nacionais mas também de variadas latitudes, não é menos verdade que as universidades portuguesas têm, ao longo dos tempos, e de forma persistente, participado nesse diálogo contínuo com as múltiplas congéneres brasileiras. Não surpreende, pois, que o Departamento de História e Estudos Políticos Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, havendo desde sempre estabelecido pontes com a comunidade científica e intelectual de língua portuguesa no outro lado do Atlântico, tenha decidido consagrar este seu dossiê temático a uma efeméride de grande significado para os dois países: a independência do Brasil.

Este tema foi já objeto de largos estudos e discussões, aliás, muitos deles mantendo o vigor das suas problemáticas e reflexões, mas o fio de Penélope continua a tecer-se neste 1º quartel do século XXI, renovando debates e paradigmas historiográficos que convocam outras questões de investigação e leituras dos fenómenos históricos.

Pretende-se, assim, analisar a independência do Brasil em diferentes durações e quadros concetuais, buscando a sua especificidade no contexto dos movimentos emancipatórios sul-americanos, privilegiando tanto a dimensão político-diplomática como a económico-social, institucional ou cultural, valorizando experiências coletivas a par de casos singulares, evidenciando práticas e representações, destacando agentes de transformação e de circulação de ideias bem como grupos em confronto, reequacionando relações de poder e domínio.

Com base na seleção de novas fontes ou revisitando outras, espera-se que o legado de Oitocentos – veiculado pela matriz liberal, a transformação económica, a problemática do surgimento do Estado-Nação, o valor dos povos e suas culturas, o papel da imprensa e da educação, os movimentos migratórios, a comunicação internacional por meio de diferentes instrumentos tanto ao nível dos Estados como das populações, entre outros aspetos – possa suscitar abordagens diferenciadas dos fenómenos autonomistas e dinâmicas relacionais com as ex-metrópoles num escopo temporal alargado.

Para além da relação Portugal/Brasil, iniludível na temática em causa, são de considerar outras conexões internacionais, designadamente nos continentes americano e europeu, mas também africano, haja em vista as reformulações estratégicas a diversos níveis, a globalização de processos e permutas, a intensificação de contactos, a aceleração da mudança.

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