Orientes - Aracne e a teia literária de Judith Teixeira (1880-1959)

Autores

  • Martim de Gouveia e Sousa

Resumo

Tida por alguns como a única mulher no modernismo português, Judith Teixeira manifesta na sua obra, quase toda escrita na década de vinte do século anterior, um exotismo ético e um rubro cromatismo (o vermelho é a cor mais auspiciosa da China) que fazem da escritora, nessa viagem ao fundo do conhecimento de si, um caso de fulgor literário e de evasão orientalista.

Ora é a fábula mitológica de Aracne que parece aplicar-se ao percurso de Judith Teixeira: do ousio poético ao banimento, da quase morte à ressurreição, é justo que a ascese da escritora portuguesa incorpore uma orientação que mostre que os motivos e características da diferença orientalista constituem uma simbólica de eficácia e de novidade literárias.

Deseja-se ainda, por fim, cumprir o objetivo de desvelar o trajeto biobibliográfico de um nome que, não obstante o caminho feito, importa expandir e sujeitar a novos contributos e a outras leituras

Downloads

Publicado

2024-11-04

Edição

Secção

Artigos