Eutanásia e “Domínio da Vida”
Resumo
O texto pretende configurar, na intenção do autor, «um roteiro de uma antropologia fundamental acerca da eutanásia (…) numa sociedade tecnologicamente avançada e política e culturalmente positivamente secular». Depois de um excerto tão marcadamente histórico como é a reflexão de Cícero, num quadro pré-cristão, sobre como “viver (n)a velhice”, organizam-se linhas de elaboração cultural «fazendo orelhas moucas a cânticos de cultura pseudo-religiosa», desafiando o retrato que o filósofo-sociólogo de Berlim e Estrasburgo, Georg Simmel, resumiu no início do século XX: “a moral é hoje na Europa a moral de animais de rebanho”. Recolhendo vozes discordantes de tal matriz, não resta mais – e é o essencial – do que dar acolhimento à exortação do filósofo italiano Paolo Flores d’Arcais: “Revolta-te, amigo leitor, democrático leitor. Ergue o teu não! a quem fala de sacralidade da vida só para te impor a sua vontade, tirando dignidade à tua vida”.
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