Breves considerações sobre os nomes coletivos em Português Europeu
Resumo
O presente artigo propõe uma abordagem ao tema dos nomes coletivos em Português
Europeu, enfatizando sobretudo alguns nomes coletivos que denotam grupos organizados de
humanos. Começaremos por problematizar a definição dos nomes coletivos, introduzindo,
para esse propósito, uma distinção entre referência coletiva e um sentido de grupo geral. De
seguida, será explorada a variabilidade que carateriza os nomes coletivos através da aplicação
de alguns testes de gramaticalidade. Mais à frente, defenderemos que os nomes coletivos podem
ser interpretados enquanto uma entidade coletiva única, tal como proposto por Raposo (2013),
ou como entidades plurais (Ritchie 2018), que concedem acesso aos átomos que o constituem. Por fim, apresentaremos dois problemas semânticos que envolvem os nomes coletivos. Em
primeiro lugar, discutiremos a relação que se poderá estabelecer entre nomes coletivos e alguns
nomes próprios. Em segundo lugar, será explorada uma comparação entre nomes coletivos e
certas expressões plurais. Em suma, defenderemos os nomes coletivos enquanto entidades que,
de forma única em relação aos restantes nomes e expressões nominais, introduzem no discurso
uma referência coletiva.
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