A CHEGADA DA INFORMATION LITERACY NO BRASIL
apropriação conceitual e implicações para as traduções
Palavras-chave:
Information Literacy, Brasil, Terminologia, TraduçãoResumo
Apresenta como as discussões sobre a Information Literacy, amplamente discutida no contexto estadunidense, ecoaram em solo brasileiro, a fim de fornecer um apanhado histórico-conceitual para subsidiar os estudos da área. Caracteriza o tema a partir de sua constituição histórica, conceitual-empírica e crítica e das implicações terminológicas e de tradução no Brasil. Utiliza para o apanhado: obras seminais das primeiras pesquisadoras brasileiras que discorreram sobre o tema da Information Literacy (e suas traduções) desde o começo dos anos 2000; documentos institucionais estadunidenses; e produções científicas nacionais sobre o assunto. Verifica que a função educacional da Information Literacy foi um dos atrativos para a chegada do conceito no Brasil e para a sua apropriação pelos estudos sobre Biblioteca e Educação, por isso os elementos conceituais acerca da aprendizagem e da biblioteca escolar estão presentes nas distintas traduções. Conclui que a Information Literacy surge em condições específicas para atender a necessidades de seu país de origem. Dentre os desafios enfrentados nesse movimento de apropriação, além das dificuldades sociais e econômicas do Brasil, que são pouco semelhantes às dos Estados Unidos, há desafios no plano linguístico e epistemológico, especialmente na sua tradução e conceitualização.
Referências
ALVES, Mariana de Souza 2023 Apropriação do termo letramento pela Biblioteconomia e Ciência da Informação brasileira: tensões terminológico-conceituais em torno do letramento informacional. [Em linha]. Recife, 2023. [Consult. 9 dez. 2023]. Disponível em: https://attena.ufpe.br/handle/123456789/53340. Tese de Doutorado em Ciência da Informação - Universidade Federal de Pernambuco.
ALVES, Mariana de Souza; MACEDO, Maria do Socorro Alencar Nunes; GALINDO, Marcos 2023 O Debate terminológico-conceitual em torno do uso dos termos competência em informação, competência informacional e letramento informacional na primeira década dos anos 2000 no Brasil. Liinc em Revista. [Em linha]. 19:2 (2023) e6576. [Consult. 9 dez. 2023]. Disponível em: https://revista.ibict.br/liinc/article/view/6576.
ARP, Lori 1990 Information literacy or bibliographic instruction: semantics or philosophy? RQ. 30:1 (1990) 46-49.
BEZERRA, Arthur Coelho 2019 Teoria crítica da informação: proposta teórico-metodológica de integração entre os conceitos de regime de informação e competência crítica em informação. In BEZERRA, Arthur Coelho et al. - iKRITIKA: estudos críticos em informação. [Em linha]. Rio de Janeiro: Garamond, 2019. [Consult. 24 jul. 2023]. Disponível em: https://www.garamond.com.br/loja/ikritika-ebook.
BEZERRA, Arthur Coelho; SCHNEIDER, M.; SALDANHA, Gustavo Silva 2019 Competência crítica em informação como crítica à competência em informação. Informação & Sociedade: estudos. [Em linha]. 29:3 (2019). [Consult. 5 set. 2023]. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ies/article/view/47337.
FROHMANN, Bernd 2008 O Caráter social, material e público da informação. In A dimensão epistemológica da Ciência da Informação e suas interfaces técnicas, políticas e institucionais nos processos de produção, acesso e disseminação da informação. Org. Mariângela Spotti Lopes Fujita, Regina Maria Marteleto, Marilda Lopes Ginez de Lara. São Paulo: Cultura Acadêmica Editora; Marília: Fundepe Editora, 2008, p. 19-34.
FUCHS, Christian 2009 Towards a critical theory of information. TripleC. [Em linha]. 7:2 (2009) 243-292. [Consult. 24 jul. 2023]. Disponível em: https://www.triple-c.at/index.php/tripleC/article/view/91.
OWUSU-ANSAH, Edward K. 2005 Debating definitions of information literacy: enough is enough! Library Review. [Em linha]. 54:6 (2005) 366-374. [Consult. 18 nov. 2020]. Disponível em: https://www.emerald.com/insight/
content/doi/10.1108/00242530510605494/full/html.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.