Quando a vida imita a arte: Zombificação
Resumo
O realizador norte-americano George A. Romero (1940-2017) foi premonitório na “zombificação” do ser humano no mundo ocidental ao mostrar nos seus filmes de “zombies” seres humanos errantes, descarnados, alienados e sedentos de carne – a grande metáfora da vida moderna, tecnológica, inorgânica, consumista e decadente. Se compararmos o que aconteceu no dia 6 de janeiro de 2021 dentro e fora do Capitólio, em Washington D.C., às imagens de alguns dos filmes de Romero, e se compararmos as atitudes prepotentes, a roçarem a idiotia completa, do ex-presidente norte-americano Donald Trump, com o filme “Idiocracy” do realizador Mike Judge, somos levados a acreditar que a Vida imita a Arte. Os filmes de Romero e o filme de Judge são anteriores aos fatos históricos recentes da eleição de Donald Trump e do ataque ao Capitólio o que nos faz pensar que o referencial cultural e espiritual de grande parte dos seres humanos do mundo ocidental está em declínio. O que se pretende neste pequeno texto é demonstrar como o poder da imagem fílmica conduz as grandes massas de pessoas a comportamentos “zombificados” como se de uma mimese inconsciente e coletiva se tratasse. E enquanto o mundo ocidental se desfragmenta com realidades como o Brexit, querelas ideológicas, birras de negacionistas em relação ao Covid19 e ausência de solidariedade social, outros povos se erguem para reclamar o seu quinhão do mundo, leia-se o governo chinês e o governo russo.
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