Indústrias culturais e criativas em Portugal: um balanço crítico de uma nova ‘agenda’ para as políticas públicas no início deste milénio
Resumo
Nas últimas duas décadas, o debate sobre o potencial da ‘criatividade’ afirmou-se um pouco todo o mundo, e muito em particular na Europa, tendo tido um impacto considerável na definição das políticas públicas, especialmente no campo da cultura. Este artigo analisa, de uma forma abrangente, o processo de emergência e afirmação desta nova ‘agenda’ em Portugal. Uma atenção especial é dedicada à inserção da ‘agenda criativa’ nas diretrizes de política públicas, à escala nacional e local, em matérias relacionadas com a cultura e áreas afins. O objetivo é procurar compreender os principais contornos desta nova retórica e o seu impacto na formulação de medidas e de instrumentos de política pública. Além disso, reflete-se sobre os principais impactos e resultados da ‘agenda criativa’ nos sistemas culturais e económicos do país, identificando alguns dos principais desafios e dilemas atuais da ‘agenda criativa’ em Portugal.
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