A escrita como pilar da oralidade planeada em português L2

Autores

  • Catarina Oliveira de Araujo
  • Ângela Filipe Lopes

Resumo

No âmbito da aprendizagem de línguas, observa-se uma expectativa
recorrente, por parte dos aprendentes, para desenvolver e alcançar melhores
resultados com relação à produção oral. No entanto, reconhecemos que
a aprendizagem da L2 se torna mais completa quando as capacidades linguísticas
estão bem integradas durante esse processo. Partindo desse ponto,
consideramos que, em um contexto de ensino online de português L2, poderíamos
auxiliar a uma produção oral mais fluida e estruturada, isto é, com
uma redução das pausas e hesitações, bem como a ampliação do repertório
linguístico, a partir do contributo da escrita, visto que ambas são expressões
comunicativas com domínios similares e complementares (Marcuschi 2010). A
fim de construir uma estratégia didática para atingir tal objetivo, estabelecemos
parâmetros para avaliar, no nível intermediário (B1), a oralidade planeada
e não-planeada, dando foco às pausas no discurso oral (Goldman-Eisler 1968;
Scliar-Cabral 1991) e, com relação à escrita, o conceito de densidade de ideias
(Snowdon 1999; Kemper 2001; Lopes 2020, 2021). Por fim, constatamos que as
aprendentes atingiram desempenhos orais mais fluentes, embora sejam variáveis.
Essa variabilidade pode resultar da relação desigual com a leitura-escrita,
seja em L1 ou em L2, como também de outras diferenças interindividuais
(Krashen 1985; Ellis 1994; Cook 2002; Dewaele 2002).

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Publicado

2025-01-21