Manuais didáticos em Moçambique
entre modelos e procedimentos
Resumo
Este artigo apresenta um panorama geral da produção de manuais
didáticos de/em línguas moçambicanas para o ensino bilingue em Moçambique,
com enfâse nos modelos e procedimentos de conceção do livro escolar do
1.º ciclo do ensino primário (1.ª a 3.ª classes). A pesquisa adota uma abordagem
metodológica qualitativa (Kalthoff, 2013), de cunho etnográfico (Jankowsk &
Wester, 1995[1991]), na vertente da etnografia linguística (Copland 2011; Maybin
& Tusting, 2011; Shaw, Copland & Snell, 2015). Os resultados do presente
estudo sugerem, entre outros aspetos, o uso, nas diferentes fases da historiografia
do manual didático e, pelos diferentes atores da cadeia livreira moçambicana
de, pelo menos, dois modelos de conceção do livro que pressupõem
perspetivas antagónicas de produção, nomeadamente, (i) modelo da Edição
do Estado e, (ii) modelo da Autorização Prévia. O primeiro, praticado pelo
Estado, toma como estratégia basilar o uso do proto-livro. Em contraste, o segundo
modelo, adotado pelas ONGs e pelas Agências Internacionais, consiste
na conceção da edição de classe a partir do manuscrito na língua moçambicana-
alvo.
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