LUTA DE EMANCIPAÇÃO ANTI-COLONIAL OU MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO NACIONAL? PROCESSO HISTÓRICO E DISCURSO IDEOLÓGICO – O CASO DAS COLÓNIAS PORTUGUESAS E DE MOÇAMBIQUE EM PARTICULAR
Resumo
A distinção entre nacionalismo e “nacionismo” é um factor explicativo da
génese de vários estados africanos e, em especial, da República de Moçambique.
A apropriação dos aparelhos de estado por certos grupos sociais, eventualmente apropriadores de rendas externas, agravou, durante os anos imediatos à independência, a acção dissolvente que o colonialismo já tinha exercido sobre as culturas tradicionais. Um estado progressivo poderia acelerar a inclusão destas mas, num contexto neo-colonial, dificilmente assim poderia acontecer. Deste modo, por “nacionismo”, deverá entender-se a tentativa por parte de uma classe dirigente em consolidar uma cidadania nacional abstracta. A especificidade do colonialismo português, que dificultou a afirmação de uma pequena-burguesia crioula e a relegou para os quadros burocráticos intermédios, tornou os PALOP’s casos típicos de recusas da etnicidade. Este artigo pretende essencialmente contribuir para questionar a noção - aparentemente consensual, inclusive entre os historiadores - de “luta de libertação nacional”.
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