Os forais manuelinos das comendas da Ordem de Cristo:

em torno da gestão dos recursos aquíferos

Resumo

Neste trabalho iremos estudar a gestão dos recursos associados à água através dos forais que D. Manuel concedeu às comunidades concelhias que viviam nas comendas da Ordem de Cristo no século XVI. O objetivo é identificar não só determinações específicas relacionadas com a exploração desses recursos, mas também assinalar especificidades na sua gestão em função da sua localização enquanto territórios da referida ordem. Paralelamente, serão analisados os tombos das comendas dessas localidades que contêm informações sobre a exploração dos recursos aquíferos e que complementam a investigação sobre esta temática. Nos forais existem referências não apenas a peixes e crustáceos, mas também a engenhos como mós, moinhos e azenhas, definindo taxas e rendas a pagar. Identificam-se atividades dos três setores de produção como a pesca e as salinas, a moagem e o comércio. Será dado destaque ao foral de Castro Marim pela diversidade de informações a respeito dos recursos aquíferos.