A crise dos abastecimentos e a «Questão das Subsistências» em Setúbal durante a Grande Guerra: a cidade que entrou em erupção (1914-1918)

Autores

  • Diogo Ferreira

Resumo

Resumo: As dificuldades dos meios urbanos portugueses em serem abastecidos de géneros de primeira necessidade provocou uma profunda escalada de preços e diversos momentos de fome generalizada nas camadas mais desfavorecidas da sociedade durante a Grande Guerra. Da necessidade de estudar estes efeitos nefastos num plano geográfico circunscrito, este texto aborda a «questão das subsistências» na comunidade de Setúbal, então a terceira cidade com maior índice demográfico do país e caracterizada como sendo uma região operária e piscatória. Do ponto de vista institucional, o presente estudo salienta as medidas inoperantes da Câmara Municipal num quadro de ‘economia de guerra’ e exemplifica as dificuldades pelas quais passou um estabelecimento de solidariedade social como a Misericórdia de Setúbal. Entre os impactos abordados, analisa-se a intensa crispação social gerada pela fome, que ficou marcada por assaltos coletivos a quintas e estabelecimentos comerciais, por greves e por protestos anti-intervencionistas de um «vulcão operário» que entrou em erupção.

Palavras-Chave: Grande Guerra, Setúbal, Abastecimento Alimentar.



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Publicado

2019-01-14

Como Citar

Ferreira, D. (2019). A crise dos abastecimentos e a «Questão das Subsistências» em Setúbal durante a Grande Guerra: a cidade que entrou em erupção (1914-1918). História: Revista Da Faculdade De Letras Da Universidade Do Porto, 8(2). Obtido de https://ojs.letras.up.pt/index.php/historia/article/view/5272

Edição

Secção

Dossier temático