Propostas (in)convenientes: transpassando a opacidade do discurso sobre a educação financeira na escola
DOI:
https://doi.org/10.21747/21833958/red12a11Palavras-chave:
Discurso, Educação Financeira, Efeitos de sentidosResumo
Este trabalho busca apresentar um gesto interpretativo sobre os atravessamentos e direcionamentos do discurso privado, veiculado pelo Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), e do discurso público, veiculado pelo Ministério da Educação, acerca da Educação financeira na escola, explicitando os efeitos de sentido produzidos nas/pelas propostas em ambos os segmentos (privado e público). Para tanto, recorremos ao dispositivo teórico e analítico da Análise de Discurso, doravante AD, de linha francesa, por meio do qual propomos duas entradas analíticas: em primeiro lugar, de uma imagem presente em uma intervenção do Sicredi voltada a professores(as) e, em segundo lugar, de imagens relacionadas a postagens na página do Instagram do Ministério da Educação do Brasil (@mineducação).
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